O horizonte chama,
o vento empurra,
e as raízes ardem para sair do chão.
Tudo é agora,
tudo é já —
como rio que quer chegar ao mar
antes de aprender a curva.
E no ímpeto de avançar,
as asas esquecem
que também precisam de ar para voar,
até que o fôlego se esgota
e o instante, impaciente,
morre antes de nascer.